RESOLUÇÃO
A contratação precária continua a ser a forma ilegal usada pelo Ministério da Educação para dar resposta à necessidade de recrutamento de mais técnicos especializados de educação, o que é confirmado pela constante prorrogação dos contratos com termo, facto que confirma a necessidade permanente destes trabalhadores para o desenvolvimento, com qualidade de uma Escola Pública Universal e Inclusiva.
Impõe-se a integração destes trabalhadores nos mapas de pessoal na categoria de Técnico Superior porque exercem funções com carácter permanente e que as futuras contratações sejam feitas por tempo indeterminado, pondo fim à institucionalização da contratação precária de TEE.
Os Técnicos Superiores da Escola Pública têm levado a cabo uma insistente luta pelos seus direitos e consequente dignidade profissional, nomeadamente: pelo direito à mobilidade nos termos da LTFP, para serem colocados próximo ou mesmo no local da residência. Esta luta deu resultados mas continuam a existir muitas situações de indeferimento de consolidação destas mobilidades.
Para resolver definitivamente a consolidação da mobilidade geográfica dos Técnicos Superiores integrados no âmbito do PREVPAP reivindicam a criação de Legislação especial para garantir a consolidação da sua mobilidade geográfica, fundamental para recuperem o direito de viverem junto da sua residência e junto da sua família.
Impõe-se a valorização salarial dos Técnicos Superiores da Escola Pública considerando a importância das suas funções e a consequente necessidade de estabilizar estes trabalhadores no processo educativo.
Continua sem solução o processo de reposicionamento/progressão dos TS na carreira, pelo que se exige a correcta contagem dos pontos da avaliação de desempenho, que nalgumas situações estão ser recusadas porque o ME não quer admitir a contagem linear do tempo para os trabalhadores que, mantendo as mesma funções, viram alterado o objecto do seu contrato. Esta interpretação da lei por parte do ME, promove injustiças que a legislação do PREVPAP procura evitar, ao considerar a valorização das dezenas de anos em que estes trabalhadores estiveram ilegalmente, em situação precária.
Perante um quadro em que houve muitas promessas feitas que só alimentaram expectativas, não se registou a resolução dos problemas nem dos TS, nem dos TEE.
A Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais (FNSTFPS) e o Sindicato Nacional dos Psicólogos (SNP), consideram que só a luta porá fim a esta situação que, para além de afectar a dignidade profissional dos TS e TEE, afecta também o funcionamento da Escola Pública e dos seus dois pilares fundamentais: a inclusão e a universalidade.
Assim, os técnicos superiores e técnicos especializados em educação, das escolas de Rede Pública, concentrados no dia 12 de Julho de 2024, junto do MECI, exigem:
Dar continuidade à luta, em termos e na data que considerem mais oportunos, caso as suas reivindicações não sejam satisfeitas.
Os TEE e TS das Escolas da Rede Pública de Ensino
Lisboa, 12 de Julho/2024